terça-feira, outubro 08, 2013

"Quem é de verdade sabe quem é de mentira".

Mentes assombradas por ambições desenfreadas, maldades desnecessárias e pensamentos desumanos; pessoas cada vez mais egoístas, individualistas e autossuficientes. Em tempos hodiernos, já estamos "acostumados" com situações e atitudes que nunca, jamais, em nenhum momento, nem devíamos ter ouvido falar. Ademais, parando para analisar de uma maneira minuciosa, o que me preocupa não é tão somente o que estamos (convi)vendo agora, mas o que vai acontecer, irremediavelmente, em breve: um mundo totalmente fake. Quem é de verdade que se cuide.

As redes sociais são propícias aos comportamentos duvidosos e ambíguos. Já me perdi, outrora, em reflexões associadas ao ato de "escrever o que realmente se pensa" ou "pensar o que se escreve", mesmo que nem seja verdade, anulando ou distorcendo o seu eu, de fato. Diante disso e muitas outras coisas, já desisti de tentar entender esse teatro. O importante, pra não dizer a única saída, é tentar identificar e afastar o mal provável e tentar se manter perto do bem. Tarefa difícil para quem não tem coisas ruins no coração, afinal, a porcentagem de frieza e perspicácia em analisar além da conta vai refletir e influenciar (in)diretamente nas boas escolhas. Já dizia alguém que, lamentavelmente, um coração mole é uma presa fácil para oportunistas maldosos.

3 comentários:

Rafael Caus disse...

"Quem é de verdade sabe quem é de mentira" é uma frase forte e bem pensada também. Provoca o nosso lado verdadeiro. Mas se temos "lado" verdade, será que teremos um "lado" mentira? É assim que funciona? E não sei se isso é um fenômeno dos tempos hodiernos. Hoje talvez a gente tenha é mais efemeridade. Em tudo. Num bom dia, num eu te amo, num obrigado, num é 10 real. A verdade de algumas frases não dura nem até a metade dos 140 caracteres de microblog. Esse treco de pensar no que falar ou falar o que pensa não entra na minha cabeça. É óbvio que você só fala o que pensa. Seja num estalo, seja 2 meses depois. A verdade pode sair nos dois casos. Agora, como você pensa, o que te influenciou, o que você quer... Como diz meu pai, a mentira tem perna curta, mas tá sempre andando na frente.
Reste talvez apenas a coerência para ser a guardiã da nossa consciência. Tarefa realmente difícil para os de coração mole.

Roberta Feitosa disse...

Eu não sei se temos um lado verdadeiro e um lado falso, mas acho que a essência sempre tende a escolher um dos dois. Talvez isso de ser de verdade e reconhecer a mentira esteja um pouco mais além do que características de personalidade. Talvez tudo isso seja alheio a nós mesmos. Eventualidade, quem sabe. Eu prefiro considerar que, de certa forma, nossa visão de algo ou de alguém que, sendo verídico ou falso, é o que importa. E, irremediavelmente, reflete nossa personalidade. Isso de falar o que pensa e pensar o que fala é mais complexo. Falar o que pensa é mais fácil, afinal, a gente sempre vai expressar o que se pensou, mesmo que seja moldado por algum tipo de interesse, mesmo que seja desleal ao nosso eu. O que me incomoda, quase sempre, é me deparar com falatórios elogiáveis, que não tem nada a ver com o sujeito. Não passa de falácia e devaneios esquizofrênicos. Isso que me preocupa: escolher uma frase bonita e querer demonstrar que pensa realmente isso, só porque é mais "bacana".

Anônimo disse...
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