Ela

Ela, apesar da pouca idade, pode-se dizer que já viveu mais do que uma velha mulher que já sofre de algum mal... de Alzheimer, por exemplo. Ela, aparentemente louca e despreocupada, mostra no fundo dos olhos a pessoa responsável e dedicada que é: aos amigos, ao trabalho, aos amores, à vida... Aquela que tem as palavras suficientes para confortar, as idéias ricas para se vender e cabeça feita para se invejar! Sim, porque quem apenas a conhece externamente, com certeza só terá a recordar e morrer de rir das brincadeiras, palhaçadas, festas homéricas e estórias malucas que quem ouve nem acredita.

Ela é assim, capaz de te fazer esquecer os infortúnios, de te lembrar os contentamentos, de reforçar as jovialidades.. mas alguém sabe REALMENTE o que ela carrega dentro de si?

Costumo sempre dizer que, perante a tudo, temos duas opções: se contentar ou se afundar..

Às vezes optamos por nos contentarmos.. mas por outro lado deixamos nossas tristezas no lado mais obscuro de nós mesmos... lá dentro! E será que alguém consegue ver?

Ela sofreu, chegou ao fundo do poço.. até enlouqueceu! Muitos, possivelmente até eu, poderia ter nomeado tudo isso de porralouquisse.. Mas todos nós sabemos que pra se aprender diante de alguma coisa, é preciso passar pelo lado ruim.. só assim, em uma grande superfluidade, conhecemos o que é bom e o que é ruim.. Minto? Eu passei por isso e ainda estou passando, na condição de aprendiz da vida minha e da alheia.

Coisas ruins fazem com que qualquer um perca o interesse e a vontade de viver... de trabalhar, estudar, evoluir, desenvolver, fluir, aprender.. Coisas ruins atraem coisas ruins.. Ela sentiu-se assim. Formou-se um aglomerado de coisas que fizeram com que ela continuasse vivendo nesse mundo que criou, que nesse exato momento, tornou-se não real. Agora eu que digo: calma minha amiga, tudo vai voltar ao normal.

Te amo!